segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Antigas parte 2

Rasguei folha por folha dos meus
antigos versos.
Alguns já não são belos,
outros, são gotas cristalinas correndo o guarda-chuva.
Às vezes fica aquele sentimento de culpa,
uma melancolia de não ter provado
o gosto da tempestade.
Quando o céu me oferecia mais
além da chuva
Tudo o que eu me permiti foi apenas essa vontade
Saudade...



Ninfeta de Novos seios

Plumas ao vento
confundem o nevoeiro,
eu aqui, a me perder em brumas.

A mesma janela
e outro beija-flor a voar,
observo e espero,
com a esperança de quem não espera
você voltar.

Folhas nunca permanecem em branco,
palavras não dão lugar ao pranto,
águas da última chuva.

Gotas de orvalho da manhã passada,
ainda cintilam a pele alva,
revelam segredos da criança manhã
e o coração não obedece às palavras.

Ninfeta de novos seios,
eu aqui,
a admirar espelhos.





O paraíso pertence aos dementes
bye,bye my heaven.
São todos loucos!
xenófobos de si mesmos.
Tolos! tão tolos
que não aguentam suas próprias companhias.
Já eu,
falo sozinha,
rio das tolices minhas.
E quando me olho muito no espelho,
me estranho,
me gosto
choro,
me odeio,
me beijo,
me vejo,
revejo,
me reconheço.





imagem tirada da internet

Era muito mais que um sim,
era a negação da força extrema que há no abismo entre o sim e o não.
Era muito o que queria de mim.
E a vontade quebrava meu ser em várias partes ,
espalhavam-se em quarto e sala,

impregnavam-se nas entrelinhas,
o resto se escondia no porão.







O coração acelerado,
O corpo leve,leve embora o que esqueci
O quarto bagunçado
oh Deus, o inferno é aqui!

Neguem os céus aos santos
raios partam carros e casas
não ouçam prantos
não alcancem graças.

Rasguem as roupas,
livrem-se do calvário
enganem os trouxas,
ensinem o pai-nosso ao vigário.

Foda-se a dívida!
Se a dúvida existe,
a verdade é uma grande mentira
triste quem acredita, triste.




Amor, lhe trago novidade,
era tanta a saudade, não pude conter
sei que os olhares já não contemplam a mesma paisagem,
mas nem assim me fez esquecer.
Provei de frios quadris,
movidos por nada além de um porre,
daqueles que persistem até o último gole,
e logo, a realidade por um triz:
tuas mãos são mais fortes!
Amor, criastes uma louca,
e consciência disso tens tão pouca!









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